De forma humanizada Semtas intensifica atividades durante a pandemia


De forma humanizada Semtas intensifica atividades durante a pandemia
Semtas

Aos 63 anos, Terezinha Vieira, usuária do Centro de Convivência Ivone Alves, sentiu parte da sua rotina mudar com o isolamento social em decorrência da covid-19. Moradora do Conjunto Nova Natal, Lagoa Azul, com a chegada da pandemia, viu seu espaço de lazer fechar as portas como medida de proteção. Sempre animada viu nas novas tecnologias uma maneira de estar presente na vida dos amigos e familiares.

Foi pensando desta maneira que o Centro de Convivência Ivone Alves, localizado na Zona Norte,  reinventou-se, como forma encontrada para conter a disseminação do novo coronavírus. Na busca por novos modos de convívio, a equipe técnica do Serviço de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos (SCFV), vinculado à Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas) vem buscando novas formas de manter o contato e continuar incentivando a socialização de seus usuários durante a pandemia.


Durante o isolamento social a Secretaria, teve que se reinventar para manter funcionando os serviços à população de forma não presencial. A Semtas mantém 12 Cras  e cinco Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, que atendem crianças, adolescentes e idosos. Com os decretos para distanciamento social, eles foram fechados no ano passado, porém, a medida não interrompeu o trabalho das equipes, que continuam orientando os usuários de maneira remota e criativa, mantendo o contato frequente com eles, tanto por telefone quanto por grupos de WhatsApp.

Para continuar realizando as atividades, as assistentes sociais e orientadoras  do Centro de Convivência para Pessoas Idosas, Ivone Alves, iniciaram a produção de  uma série de materiais audiovisuais que são enviados para todos os inscritos no serviço através do Whatsapp. As idealizadoras Amanda Paiva,  Albéria Claudino da Silva e Cinthia Simão, responsáveis pela criação da rádio “Avós da Cidadania” (rádio pelo whatsapp) produzem áudios e vídeos com temas variados, com temáticas elaboradas especialmente para cada ocasião.

Com a voz carregada de emoção, Lígia Souza, 59 anos, moradora do conjunto Gramoré, por telefone, comentou como tem superado a depressão em tempos de isolamento social, com a ajuda da equipe do Ivone Alves. "Gosto de interagir na rádio, de ouvir sobre os temas, são tantos temas importantes, me sinto importante. Somos só eu e meu marido, então ter esse momento de interação é muito bom, me ajuda muito, pois tenho depressão, me sinto muito só e os grupos têm me ajudado muito. Não vejo a hora de tudo isso passar, irmos para as festinhas, as brincadeiras e as danças'', relatou.

Espontânea Terezinha Vieira,  compreende a necessidade de se reinventar em tempos difíceis. "No início foi muito difícil, aceitar que não poderíamos interagir com nossos amigos, dançar, ver as pessoas do centro. Sou muito grata por tudo, pela equipe do Ivone Alves, pela Semtas. Que possamos ser mais amorosos, carinhosos, ser mais unidos" comentou por telefone " Se possível quando tudo passar quero fazer um passeio com meus amigos, fazer uma trilha" pediu. 


Além disso, a equipe realiza teleatendimentos aos usuários, a fim de acompanhar a situação socioeconômica e os vínculos familiares durante isolamento social, com orientações acerca de prevenção à Covid-19. 

“Estamos aproveitando também o contato nos grupos para repassar informações a respeito de benefícios sociais, campanha de vacinação, orientações diversas, reflexões motivacionais, entre outras informações. O objetivo do projeto é promover a socialização e a convivência comunitária, o envelhecimento ativo e saudável, bem como incentivar a autonomia, prevenir os riscos sociais e garantir os direitos e exercer a cidadania”, explica a assistente social do Ivone Alves,  Amanda Paiva.


Para o secretário da Semtas, Adjuto Dias, apostar em novos formatos de contato durante esse período é fundamental para estimular as habilidades dos usuários.“Estamos vivendo um momento novo e precisamos nos adaptar a ele, buscando manter nosso principal objetivo que é auxiliar essas pessoas na reconstrução de suas histórias”, ressalta.

Em Natal, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) é realizado nos centros de convivência existentes na área de abrangência e nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), através da Semtas. Os Centros de Convivência Marly Sarney e Ivone Alves atendem os idosos e os Centros de Convivência da Redinha, Cidade Nova e Santos Reis atendem crianças e adolescentes. Assim como o Ivone Alves, outros serviços se reinventaram levando alegria, inclusão, atendimento e esperança aos usuários inseridos nos programas municipais e federais.

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