A Prefeitura do Natal, através da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Sebrae) está realizando o mapeamento cultural dos bens imateriais do município de Natal. A atividade está sendo realizada por uma equipe de pesquisadores que está percorrendo os bairros da cidade com o intuito de rastrear, catalogar e quantificar o patrimônio cultural existentes. O registro do patrimônio imaterial da cidade percorrerá 36 bairros de Natal, localizados nas quatro zonas administrativas da cidade: norte, sul, leste e oeste. Os pesquisadores fazem o levantamento dos principais saberes, celebrações e expressões mais relevantes de cada localidade, consideração a forma como se apresenta nos dias de hoje e sua dimensão social.

O mapeamento Imaterial de natal levará em consideração durante a pesquisa a sistemática utilizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, referentes a preservação do patrimônio imaterial como os Saberes, as Celebrações, Formas de Expressão e Lugares. Onde todas as manifestações culturais mantidas nas localidades serão identificadas e abordadas na pesquisa. Além de inserir os bens da cultura imaterial como os saberes populares, ao ofício de rezadeira, pescador artesanal, mangaeiro, artistas, festas de padroeiros, carnavais, grupos de danças, folguedos e santuários populares.

Na primeira fase de execução do projeto foram rastreados os bairros de Nova Descoberta, Ponta Negra, Redinha, Santos Reis, Rocas, Praia do Meio, Bairro Nordeste, Quintas, Bom Pastor, Nossa Sra. de Nazaré, Cidade da Esperança, Nova Cidade, Cidade Alta, Planalto, Guarapes, Alecrim, Felipe Camarão, Praia do Meio. A segunda fase está prevista para iniciar no próximo mês de agosto e contemplará os bairros de Lagoa Azul, Pajuçara, Potengi, N. Sra. Apresentação, Igapó, Salinas, Ribeira, Petrópolis, Areia Preta, Mãe Luiza, Tirol, Barro Vermelho, Lagoa Seca, Lagoa Nova, Candelária, Pitimbu, Capim Macio e Neópolis.

A participação popular nesta fase de coleta de dados é de fundamental importância para a localização dos possíveis bens culturais existentes nos bairros. Serão realizadas entrevistas com agentes de saúde, representantes de associações comunitárias, associações culturais e professores, a fim de obter dados sobre a existência e a localização dos representantes das práticas culturais locais.

Com a elaboração do mapeamento cultural imaterial da cidade será possível conhecer a realidade atual das práticas socioculturais, possibilitando à criação de políticas públicas de fomento destinadas as atividades culturais locais. Após a sistematização, os dados obtidos nos bairros serão disponibilizados através de livros ou da internet, para que instituições, grupos e as comunidades tenham acesso a tais informações.