Perfil dos moradores de rua será pesquisado pela Semtas


Perfil dos moradores de rua será pesquisado pela Semtas

A Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas) e a Faculdade de Ciências, Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte (Facex), por meio de um Termo de Cooperação Técnica, inicia na próxima terça-feira (4) uma pesquisa que vai analisar o perfil das pessoas adultas em situação de rua na cidade do Natal. “A iniciativa partiu da Facex, que procurou a Semtas com interesse em desenvolver uma pesquisa para contribuir com dados que ajudem a propor ações para a população mais vulnerável”, declara Verônica Dantas, secretária adjunta da Assistência Social.

Os trabalhos da pesquisa iniciam na terça-feira (4), com uma reunião para estudo do material de coleta. Nos dias 5 e 7, quarta e sexta-feira, respectivamente, nos turnos manhã, tarde e noite, serão realizadas as coletas de dados pelos educadores sociais dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), pelos alunos bolsistas de iniciação científica e do curso de serviço social da FACEX, e pela coordenadora da pesquisa, Anadir Pessoa.

De acordo com Verônica Dantas, o mapeamento da população de rua será realizado nas quatro regiões administrativas da cidade, principalmente nos pontos de maior circulação, de acordo com informações dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS). “A pesquisa vai facilitar os encaminhamentos à rede da assistência social, como o Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, Carteira do Idoso, dentre outros”, afirma a secretária adjunta.

“Vamos aplicar um questionário com perguntas abertas e fechadas, direcionadas para população em situação de rua. Nos dias úteis seguintes às coletas realizaremos reuniões para avaliação do processo de coleta, de qualidade do instrumento utilizado e sistematização dos dados”, declara a coordenadora da pesquisa.

Ainda de acordo com a professora Anadir Pessoa, está sendo pensado um seminário de pesquisa, oportunidade para a apresentação dos resultados. “Esta pesquisa também é um momento em que estão sendo discutidos os repertórios de saberes e fazeres de um educador social no município do Natal”, destaca a coordenadora. A coleta de dados faz parte da prática da pesquisa. Já houve capacitações teóricas para que a pesquisa fosse realizada com melhor qualidade.

Saiba mais sobre a pesquisa:
Com essa parceria Semtas-FACEX, a secretaria está sendo responsável por dar suporte operacional aos discentes da FACEX que estão na implantação de projetos, a exemplo o transporte para os pesquisadores, que será o mesmo utilizado no Serviço de Abordagem Social (Busca Ativa), nos dias e horários que a equipe estiver na rota do serviço, não tendo acréscimo de custo para a Semtas. A secretaria também irá fornecer cursos e capacitações sobre temas ligados aos projetos que serão executados de maneira a implantar as intervenções.

A parceria iniciou com a capacitação que sistematizou o processo de implantação do Projeto denominado “Moradores de rua em Natal: Quem são e como vivem?”. O curso “Fundamentos Teóricos Metodológicos de Abordagem Social a População em Situação de Rua” foi constituído de duas partes. A primeira foi de sensibilização e chamou-se “Não estou, sou um Tecelão da Cidadania”, que foi realizada de 31 maio a 6 de junho, na FACEX, com carga horária de 20 horas.

A segunda parte foi formada de instrumentalização com o titulo “Métodos e Técnicas de Pesquisa e Abordagem a População em Situação de Rua” e teve início no dia 5 de setembro e seguiu até o dia 23 de setembro, também na FACEX, com carga horária de 60 horas.

“O curso deu suporte teórico metodológico aos discentes, ajudando-os 'não só a compreender o universo dos direitos sociais, mas também contribuindo para que eles possam construir estratégias para às pessoas em situação de rua”, afirma Anadir Pessoa, ministrante do curso.

De acordo com a Anadir Pessoa, foi elaborado um caderno específico para este curso que foi distribuído entre os discentes. “Todo o material foi criado por uma equipe técnica, que também está dando o curso. O caderno foi trabalhado no sentido da vida e os direitos humanos como ferramenta de preservação. Estamos preparando os pesquisadores para extrapolar o domínio da técnica. Queremos que eles realizem a coleta de dados com uma ética investigativa”, ressalta a ministrante do curso.

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