Na manhã desta sexta-feira (19), a Secretaria Municipal de Educação de Natal, por meio do Setor de Educação Especial, realizou a formação continuada para os professores que atuam no Atendimento Educacional Especializado (AEE) da Rede Municipal de Ensino. O encontro online teve a participação de 62 profissionais.  

A chefe do Setor de Educação Especial da SME, Priscila Ramos, iniciou com um diálogo tratando sobre o atendimento educacional especializado no contexto da pandemia. “Vamos falar sobre trabalho colaborativo com os professores e coordenadores pedagógicos que atuam com os estudantes que apresentam deficiência. O AEE, pela legislação física, o trabalho colaborativo é suplementar. Ele atende a uma demanda de um professor que está em sala de aula, nesse caso não presencial, estamos nos readaptando a cada grupo de atividades e retorno deste material”, explicou Priscila Ramos.

A formação continuada ao longo do ano 2021 terá como tema central: “A inclusão do estudante com deficiência visual”, tendo como objetivo possibilitar aos professores conhecer as especificidades dos estudantes com deficiência visual e identificar recursos e serviços de tecnologia assistida voltados para atender às necessidades deste público. As formações são realizadas em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte enquanto projeto de extensão. Serão encontros quinzenais, com encerramento no mês de dezembro.    

A assessora pedagógica Ana Karla Moura apontou como primeiro ponto, discutir e definir com a equipe pedagógica, educador infantil e professor de sala de aula regular, quais as estratégias possíveis para as atividades não presenciais, encaminhar ao estudante com deficiência. “Preciso dialogar com a equipe pedagógica para ter clareza que o gestor tenha da importância do meu trabalho colaborativo nesse momento, que preciso ter contato com os meus colegas da sala de aula comum, para saber se está trabalhando nesse momento com o projeto, quais são as atividades que estão sendo encaminhadas para o meu aluno com deficiência. Se essas atividades atenderem, como posso ajudar na perspectiva do desenho universal, explicou Ana Karla.

Em outro ponto da formação, a assessora pedagógica Teresa Bezerra disse que mesmo com distanciamento social, há formas de contato com o aluno especial para que possa participar das atividades em sua casa, com apoio de um familiar ou responsável. “É uma situação nova, difícil que nos exigem alguns saberes, como, por exemplo, trabalhar com novas tecnologias, sala de reunião virtual, ter aplicativos que possam ser utilizados ou ensinados ao professor. Tudo é muito novo, precisamos ter tranquilidade, ter espaço de diálogo no encontro com as unidades, pois é hora para se reinventar também, numa situação que o mundo vem passando por isso”, concluiu.