Profissionais da Secretaria Municipal de Educação (SME) participaram durante os dias 20 e 21 de junho, do Seminário Trabalho Docente na Educação Básica no Rio Grande do Norte, promovido pelo Centro de Educação da UFRN e pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRN. O evento ocorreu no auditório do Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (CEMURE) e contou com o apoio da SME.

O seminário abriu espaço para a formação continuada de toda comunidade potiguar, especialmente para professores, alunos de pós-graduação, equipes pedagógicas das escolas e secretarias de educação, gestores públicos e sindicatos.

Um dos objetivos do seminário foi de socializar os resultados da pesquisa sobre Trabalho Docente na Educação Básica no Brasil e no RN, debatendo resultados com especialistas na área e com a comunidade envolvida, além de disponibilizar dados para subsidiar a elaboração de políticas específicas para o RN.

Na tarde desta terça-feira, a professora doutora em educação Maria José Gadelha representou o secretário municipal de Educação, Walter Fonseca, durante a mesa debatedora sobre “Condições de Trabalho Docente na Educação Básica no RN”. Participaram também do debate a professora doutora Alda Castro e o professor doutor Fernando B. Mariana, ambos da UFRN.

Ao fazer um recorte na investigação relativa às condições de trabalho, como disciplinas, questões salariais e de infra-estrutura vivida pelos docentes, a professora Maria José Gadelha destacou a contribuição com três décadas na formação de profissionais na rede municipal de ensino. Gadelha atua também como formadora nos anos iniciais e pesquisadora no campo da formação e trabalho docente.

“Investigar o trabalho do professor é procurar compreender o seu processo de desenvolvimento, a construção social de si mesmo e de sua profissão, que envolve analisar o trabalho docente e as condições de trabalho, considerando a concreticidade de sua trajetória como os seus conhecimentos de vida, seus saberes e habilidades que vão sendo construídos em determinado tempo e contexto social histórico, e durante a sua própria prática”, pontua Maria José.

Durante o debate, a representante da SME apontou sugestões sobre condições de trabalho do professor, como por exemplo, que o professor trabalhasse em tempo integral na escola, porém com meios para que ele pudesse planejar em momentos individuais e em momentos coletivos também, de acordo com as suas áreas de conhecimento.