Secretaria de Educação cortará ponto de servidores faltosos


Secretaria de Educação cortará ponto de servidores faltosos

Prefeita Micarla de Sousa faz um apelo para que professores retornem às salas de aula, baseada na decisão judicial que considerou a ilegalidade da greve

A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Educação, começará a adotar medidas rígidas contra os servidores da educação que se recusarem a retornar às salas de aula. Baseada no conteúdo da decisão judicial que considerou a greve ilegal, a SME determinou o retorno imediato dos professores ao trabalho, sob pena de se configurar abandono de emprego. A Prefeitura cortará ponto dos faltosos e vai abrir processos contra os grevistas que estão em estágio probatório. O secretário de Educação, Elias Nunes, enviou circular às escolas informando sobre a decisão.

A prefeita Micarla de Sousa criticou, nessa quarta-feira (10), a forma como o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) vem conduzindo a greve dos educadores da rede municipal de ensino, iniciada em 18 de fevereiro. Desde 2009, a Prefeitura já concedeu 11,5% de aumento, sendo 7% no ano passado e 4,5% agora em janeiro, e mais 5% de reposição de perdas, além de garantir outros 5% de reposição para o mês de abril, totalizando um reajuste salarial de 21,5% em pouco mais de um ano da atual gestão.

Além disso, a Justiça determinou o fim da paralisação e imediato retorno dos professores às salas de aulas. Ainda assim o movimento grevista continua. “Não acredito que os professores aceitem serem utilizados como massa de manobra política”, enfatizou Micarla. A prefeita se diz indignada e declara que tem conhecimento de muitos educadores contrários às atitudes tomadas pelo sindicato. Ela questionou os motivos da greve, lembrando que esta foi a primeira gestão das últimas décadas a efetivamente iniciar a quitação das perdas salariais, acumuladas de 1994 a 2003, em administrações anteriores. “O sindicato diz que quer os 29% das perdas salariais este ano, mas por que não cobraram antes de quem ficou devendo?”, questionou.

Micarla de Sousa lembrou que recebeu a Prefeitura do Natal com os piores índices em termos de ensino. “Olha o esforço que a gente vem fazendo. Só quem é mãe sabe a importância do Merenda em Casa, da Caravana da Saúde Escolar (que realiza consultas oftalmológicas e oferece óculos e aparelhos auditivos, além de cirurgias, aos estudantes do município)”, disse, lembrando que entre os principais problemas que atrapalham o aprendizado estão a fome e as dificuldades visuais e auditivas. Pela primeira vez os cerca de 60 mil alunos de escolas e centros de educação infantil da Prefeitura do Natal receberam fardamento e kit completos para estudar. A atual administração foi a primeira a garantir a todos os professores da rede um curso superior e de forma gratuita.

Prefeita faz apelo para que professores retornem às salas de aula

A chefe do executivo municipal declarou que aguardou pacientemente a Justiça e a resposta foi exatamente de que a greve era ilegal. “Aproveito para pedir, de coração, para aqueles professores, educadores que sabem a importância de estar em sala de aula para que a mãe possa trabalhar, a criança possa aprender e se alimentar, queria pedir encarecidamente para que voltem às salas de aula”, solicitou.

A chefe do Executivo municipal ainda disse ter certeza que a grande maioria dos professores quer voltar às atividades e reafirmou a continuidade de programas como o Merenda em Casa, o Caravana da Saúde Escolar e a entrega do fardamento completo, além do objetivo de alcançar, ou até superar, neste ano, os 30,8% das receitas investidos em educação, registrados em 2009

Merenda

Ainda na tarde de ontem, a Secretaria de Educação enviou comunicado às 14 escolas que ainda estão inadimplentes com a SME, convocando-as para a atualização do cadastro e recebimento dos repasses para a compra da merenda. Essas escolas ainda não compraram material porque estão impedidas de efetivar empenhos. O secretário Elias Nunes disse que adotará medidas punitivas para diretores de escolas que estão se negando a regularizar a documentação, necessária à compra da merenda. A Secretaria de Educação assegurou que encontrará uma maneira de abastecer todas as escolas e CMEIs do Município.

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