A primeira exposição de trabalhos artísticos produzidos pelos jovens da Casa de Passagem 3 foi, para os pequenos artistas plásticos, uma oportunidade de socialização e interação com o público. Realizada, no último final de semana (26 e 27), durante o 2º Seminário de Realidades Juvenis do Colégio Marista, a exposição contou com 19 peças em papel canson, fruto de colagens e do emprego do lápis de cor, grafite e giz de cera.
Ao todo, seis obras de quatro jovens foram vendidas a um preço simbólico, que deverá custear a compra de mais material para a realização das oficinas de artes que o abrigo promove. O arte educador e curador da exposição, Manoel Barros, ministra as oficinas que ajudaram a lapidar talentos dentro da Casa de Passagem III. “É algo incrível constatar o progresso que cada jovem tem feito. Em um dos casos, trabalhei com um garoto que eu não conseguia persuadir a usar cores. Depois de algum tempo, ele passou de paisagens desérticas ao uso de cores, com uma técnica surpreendente”, revela o arte educador.
“Eles também participaram de minicursos sobre arte, família, juventude, políticas públicas e influência da mídia. Todos os expositores presentes estavam tão envolvidos com as atividades promovidas durante o seminário que eu tive que sair procurando um a um no final do evento”, conta Barros. Na ocasião do evento, o artista plástico também foi convidado pelo Presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes do RN, João Maria Moura, a integrar o Conselho de Educação do Estado.
A exposição dos trabalhos artísticos foi para os realizadores do Seminário tão positiva, que foi solicitado aos jovens da Casa de Passagem 3 a participação no programa de assistência social do Centro Marista de Juventude – CMJ, que desenvolve importantes atividades de integração social e desenvolvimento de aptidões. “Um dos garotos que estava presente no evento como expositor dos trabalhos, inclusive, foi convidado a entrar em um curso de teatro”, destaca o arte educador da Casa de Passagem.