No dia em que o Rio Grande do Norte relembrou os mártires de Cunhau e Uruaçu, no feriado deste sábado (03), a Prefeitura do Natal entregou o projeto arquitetônico da Praça dos Mártires. A obra será construída entre a rua Ari Barroso e a avenida Miguel Castro, nas proximidades do Santuário dos Bem Aventurados Mártires de Cunhau e Uruaçu, no bairro de Nazaré.

O templo foi inaugurado também neste sábado, com uma celebração eucarística presidida pelo arcebispo metropolitano de Natal, Dom Matias Patrício e faz parte da Paróquia de Nossa Senhora da Esperança. A igreja, construída durante os últimos três anos, estava lotada de fiéis, que vieram reverenciar os mártires. Estiveram presentes a prefeita do Natal Micarla de Sousa, junto com os senadores José Agripino, Rosalba Ciarlini e Garibaldi Alves Filho, além da governadora Wilma Maria de Faria e os deputados estaduais José Dias e Robinson Faria, presidente da Assembléia Legislativa do RN.

A construção da praça está orçada em R$ 794.211,00, com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) – Ministério do Turismo – Programa Turismo no Brasil e com emendas dos deputados federais Rogério Marinho (R$ 419.250) e Fátima Bezerra (R$ 292.500,00) e contrapartida da Prefeitura do natal de R$ 47.691,00. 

 
História

O martírio de Cunhau e Uruaçu aconteceu em 16 de julho de 1645, quando o padre André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por mais de 200 soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis participavam da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú - no município de Canguaretama, localizado a Zona Agreste do Rio Grande do Norte. Por seguirem a religião católica, tiveram que pagar com a própria vida o preço da fé, por causa da intolerância calvinista dos invasores.

Três meses depois, aconteceu outro martírio, onde 80 pessoas foram mortas por holandeses, entre elas, o camponês Mateus Moreira, que teve o coração arrancado pelas costas, enquanto repetia a frase “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”.