A Secretaria Municipal de Natal (SMS/Natal) elaborou um fluxo de atendimento, com toda a estrutura das redes de atenção  básica e especializada do município, para casos suspeitos de Monkeypox. Também conhecida por Varíola dos Macacos, a doença é uma zoonose viral, com sintomas semelhantes aos pacientes que foram acometidos por varíola, porém com apresentação clínica de menor gravidade. A doença é infectocontagiosa com demanda aberta a casos suspeitos em qualquer unidade básica de saúde (UBS). Atualmente a capital registra 29 casos confirmados. Um painel epidemiológico estará disponível na página da SMS (natal.rn.gov.br/sms) com informações atualizadas dos casos a cada 15 dias.

Os casos suspeitos de Monkeypox apresentam início súbito de lesões em mucosas ou erupções na pele (semelhante a bolhas) em qualquer parte do corpo, inclusive na região genital ou oral. Pessoas com esses sintomas devem procurar a UBS mais próxima para avaliação médica, informar sobre histórico de contato com indivíduos que tenham sintomas semelhantes, histórico de viagem e necessidade de encaminhamento para realização de exame.

São considerados casos suspeitos: usuários com exposição próxima ou prolongada, sem proteção, a pessoas com sintomas suspeitos/confirmados da doença; contato físico, íntimo ou sexual, com parceiros desconhecidos com sintomas suspeitos/confirmados nos últimos 21 dias; contato com materiais contaminados do tipo roupa de cama, banho ou utensílios de uso comum, pertencentes a um caso provável ou confirmado da doença nos últimos 21 dias; e trabalhadores da saúde sem uso adequado de equipamento de proteção com histórico de contato provável para Monkeypox.

O diagnóstico se dá através de exame tipo PCR, com coleta através de swab estéril sobre as crostas ou fluidos das vesículas cutâneas em unidades referenciadas. "Após o primeiro atendimento em qualquer UBS, o médico pode encaminhar o paciente, que vai até uma das unidades referenciadas: Pajuçara, Nova Natal, Panatis, Planície das Mangueiras, Mãe Luiza, Lagoa Seca, Quintas, Felipe Camarão II, Candelária e Ponta Negra para realizar o teste com agendamento prévio", explica George Antunes, Secretário de Saúde de Natal.

A investigação e monitoramento dos casos prováveis/confirmados ainda é realizada pelas equipes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) de Natal. É necessário isolamento domiciliar, com manejo dos sintomas, prevenção de complicações e sequelas a longo prazo. A doença é auto resolutiva e desaparece naturalmente mantendo a higienização correta da pele, não provocando rompimento das vesículas e tratando as infecções.

Os casos que apresentam complicações cutâneas (lesões dolorosas), oculares (redução visual, úlceras na córnea), pulmonares (insuficiência respiratória) ou nutricionais (dificuldade de alimentação), poderão ser assistenciados pelas unidades de pronto-atendimento (UPAS) com os devidos cuidados de exposição aos riscos de contaminação.