O protótipo de um biodigestor, tecnologia que recebe resíduos orgânicos ou esterco animal e produz biogás e biofertilizante, está exposto para visitação pública no Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte. O equipamento está na praça de eventos, onde os educadores ambientais da unidade explicam como funciona e orientam sobre os usos e produtos oriundos desse processo de biodigestão de matéria orgânica.

Cada equipamento, deixa de lançar por ano cerca de 1,5 tonelada de resíduos orgânicos e mais de seis toneladas de gás metano no meio ambiente. A presença do equipamento, que é uma estrutura móvel e vai ficar exposto durante 90 dias no Parque, visa mostrar para população a gama de possibilidades as quais os resíduos podem se transformar e a importância da gestão deles.

“A princípio, o uso do equipamento é expositivo em caráter educativo para explicar que existe essa tecnologia, sua viabilidade, aplicação em órgãos públicos e empresas. A equipe de educação ambiental faz o trabalho de explicar como funciona, qual o mecanismo de uso e produtos oriundos desse processo de biodigestão de matéria orgânica”, explica o chefe do Departamento de Planejamento Urbanístico e Ambiental, Luiz Augusto Correia.

O biodigestor além da produção desses produtos, possibilita também a melhor destinação de resíduos orgânicos, que ao invés de serem descartados na natureza estão sendo reutilizados.

A utilização desse equipamento no Parque da Cidade, proporcionará o tratamento de resíduos orgânicos, gerando gás, o qual poderá ser utilizado em práticas experimentais. Por exemplo, em um mini fogão, além da produção de biofertilizante, o qual poderá ser utilizado na produção de mudas dentro da unidade de conservação, assim como no processo de fertilização de plantas em geral.

“Por dia, o equipamento produz até quatro litros de biofertilizante puro, precisando ser diluído na proporção de um para dez. Seguindo essa proporção, são cerca de 40 litros por dia, chegando a 1200 litros ao todo no fim do uso mensal, caso o equipamento opere na sua capacidade máxima”, destaca Correia.

Todo material produzido nesse período ficará na unidade de conservação, podendo ser utilizado pelos servidores nas atividades de rotina, como no viveiro de mudas do Parque da Cidade e na manutenção de jardins temáticos, mas também poderá ser doado para outras secretarias do município e para a população em geral, desde que haja disponibilidade.

O idealizador do protótipo, Marcelo Dantas, conta que a tecnologia é bastante sustentável e praticável. E que por isso está levando a exposição também por várias cidades do Rio Grande do Norte para demonstrar as multifuncionalidades do biodigestor.

“Toda autarquia pública poderia adotar, tendo em vista a elevada produção de resíduos, mas também empresas, restaurantes e hotéis do município, por exemplo. Dessa maneira, promover um destino sustentável para resíduos, sabendo que, infelizmente, os produtos sólidos de forma geral não recebem um tratamento adequado”, diz Dantas.