Interessantes experiências têm demonstrado que a robótica pode atuar como instrumento de inclusão, não apenas digitalmente ou tecnologicamente, mas socialmente, levando estudantes a se integrarem de maneira efetiva à sua comunidade escolar e à sociedade. Nesta perspectiva, a equipe da Escola Municipal Monsenhor José Alves Landim vai competir na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) etapa regional, que acontece neste sábado (29), durante todo o dia, no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) Campus Central.    

A unidade de ensino é a representante da Rede Municipal de Natal que participa da competição. A equipe Potigarras é formada por seis estudantes e na competição, eles vão se apresentar como Workbot. O estagiário da E. M. Monsenhor José Alves Landim e estudante de Engenharia Mecatrônica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Igor Matias de Lima Dantas, é o responsável por ministrar aulas de robótica na unidade de ensino em conjunto com a professora de Geografia, Karina Messias da Silva Alves.

Segundo o técnico da equipe, Igor Matias, a preparação acontece há algum tempo. “O torneio demanda bastante criatividade das nossas mãos, pois é importante a criação de um robô eficiente. Construímos o nosso, realizamos a programação e treinamos na arena que criamos, onde fomos aprimorando dia após dia. Estamos torcendo para que os estudantes consigam dar o melhor e atingir voos mais altos dentro da competição. Nossa preparação se deu no contraturno escolar. Estou feliz em ver que o nosso trabalho está sendo aproveitado pela equipe”, pontuou Matias.  

O estudante do 9º ano, Jorge Dantas do Nascimento, de 16 anos, é um dos integrantes da equipe e falou sobre a preparação. “A minha preparação já vem de muito tempo, pois já participei de outra competição, mas cada desafio é uma novidade. Aprendi a parte de montagem nessa preparação, já que a outra fiquei na parte de pesquisa. Minhas expectativas são altas, o nosso robô está bom e a programação dele está indo bem”, comentou o estudante.

Já Ciro Daniel de Brito Luiz, de 15 anos, também do 9° ano, contou que ficou responsável pela parte de montagem do robô. “Temos o objetivo de nos divertir na competição e que também possamos fazer novas amizades com os outros competidores”, disse.  

Outro integrante da equipe, Vitor Leandro Medeiros da Silva, de 14 anos, lembrou que tiveram alguns desafios pelo caminho. “Mas já passou, estamos preparados para as batalhas que iremos enfrentar pela frente, e a minha expectativa é que fiquemos no top três da competição”, afirmou entusiasmado.

Na competição o time que a escola irá levar é composto por três competidores, um técnico e três de apoio. Como apoio e que auxiliará os competidores está Jamilly Oliveira da Silva, de 13 anos, estudante do 8° ano. “Está sendo bastante legal essa oportunidade de participar da olimpíada e da equipe de robótica da escola. O mundo da robótica é espetacular, com interessantes experiências”, disse. A equipe também é formada pelas estudantes Stephanny Polyana dos Santos Araújo (13 anos) e Maria Beatriz de Souza Lucena Araújo (14 anos), ambas do 8° ano do Ensino Fundamental.

A professora de Geografia, Karina Messias, afirmou que o projeto de robótica da escola faz parte de uma ação de extensão e parceria com a UFRN. “Desde o ano passado que os estudantes vêm se dedicando ao mundo da robótica. Estamos no segundo momento. Em fevereiro participamos da nossa primeira competição como equipe, e ganhamos o troféu “Estrela Iniciante”. Com o objetivo de irmos mais além, fizemos uma reunião com os pais e a direção e falamos sobre essa questão de preparação para a OBR, que foca mais na questão da montagem e programação do robô”, contou.  

A professora ressaltou ainda que foram escolhidos seis estudantes e começou a preparação três vezes na semana, desde maio. “É muito importante pois reforça a robótica educacional nas escolas, desenvolve várias áreas como a criatividade, pesquisa, trabalho em equipe, valores de afeto, ou seja, é completa, desenvolve o estudante de forma integral, além de sair dos muros da escola, enxergando um outro universo de possibilidades e de mercado de trabalho. A robótica é um presente e uma realidade mundo a fora”, finalizou Messias.