Em uma manhã ensolarada, um grupo de 80 alunos da Escola Municipal Angélica Moura, localizada no bairro das Quintas, deixou a sala de aula para, com cartazes e banda de música, alertar os moradores quanto aos cuidados para o combate ao mosquito da dengue. No trajeto percorrido ao redor da escola, os alunos tiveram oportunidade de recolher lixo de toda a espécie, desde copos plásticos até pneus .

O trabalho pode ser constatado pela equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, que esteve presente acompanhando o desenvolvimento do projeto, e pelo Secretário de Educação, professor Elias Nunes, que foi à escola dar o seu apoio ao trabalho desenvolvido pelos educadores e pelas crianças.

A atividade faz parte do projeto pedagógico O perigo da dengue pelos olhos das crianças, desenvolvido pela professora Rita de Cássia Dias de Lima, responsável pela turma do terceiro ano, mas abraçado por toda a escola.

Ao todo, 80 crianças dos turnos matutino e vespertino participaram da caminhada, que contou com a participação da banda de música Severino Cordeiro, da Escola Municipal Ferreira Itajubá, regida pelo professor Antonio Ventura.

Ao retornar à escola, todo o lixo coletado foi transformado em material didático, através da análise de tudo o que foi recolhido. Apesar de todo o trabalho, as atividades ainda não chegaram ao fim. De acordo com a diretora da escola, professora Rosinete dos Santos, o próximo passo é formar um pelotão de combate à dengue para visitar a casa dos próprios alunos. “Eles sabem o que devem fazer para combater o mosquito, mas a população ainda não tem consciência”, ressaltou a educadora, enfatizando a importância de se trabalhar com os alunos , desde a educação infantil.

A mesma ideia é compartilhada pela professora Maria Cristina, do primeiro ano. “Eles cobram dos pais uma postura diferente diante da prevenção”.

Os resultados já podem ser vistos. Perguntada sobre a importância da atividade desenvolvida pela escola, Adna Nascimento, de sete anos, foi enfática em responder. “É muito importante porque a dengue mata!”