Os representantes dos órgãos responsáveis pela iluminação pública nas 12 capitais onde será realizada a Copa de 2014 reuniram-se na semana passada em Brasília (DF), para debater sobre elaborações de projetos. O encontro foi capitaneado pela Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur).

O primeiro passo para a realização desse encontro foi tomado pela prefeita Micarla de Sousa, ainda em 2009. A chefe do executivo municipal entregou pessoalmente à ministra Dilma Roussef um ofício para que fosse aberto o diálogo sobre a iluminação pública das cidades-sedes.

De acordo com o secretário de Serviços Urbanos, João Bastos, a reunião foi fundamental para a criação de um movimento em torno da Copa de 2014 e para elaboração de projetos. Outra análise feita pelo secretário da Semsur, é que a organização para a Copa ganhou força, porque todos se envolveram na criação de um projeto.

“Queremos que a iluminação pública para o maior evento mundial do futebol seja visto como infra-estrutura, e não apenas como um serviço”, disse João Bastos. A ideia é contemplar os corredores turísticos e avenidas adjacentes aos eventos esportivos.

Segundo o secretário adjunto de Serviços Urbanos, Thiago Trindade, foi possível analisar a realidade das cidades-sedes, em relação à iluminação pública, durante o encontro. O resultado foi a comprovação de que Natal soma pontos positivos ou mesmo supera as demais capitais.

“Percebemos que Natal está igual ou melhor que todas as demais sedes. Devemos isso à manutenção e à tecnologia aplicada a esse serviço público”, comentou Thiago Trindade.

Realidade comparada

Em Natal, existem 15 equipes de iluminação destinadas a 51 mil pontos de luz. Enquanto isso, em Salvador (BA), essa proporção é bem maior – oito equipes para atender 250 mil pontos. Já Brasília (DF), tem 34 equipes para 253 mil pontos. Comparando a capital potiguar com a capital do País, temos uma equipe para cada 3.400 pontos contra uma para cada 7.400, respectivamente.

Além disso, em Natal, todas as lâmpadas já são de vapor de sódio. Não existem mais lâmpadas de vapor de mercúrio, tecnologia considerada ultrapassada. Em São Paulo (SP), por exemplo, metade das lâmpadas ainda é desse tipo – cerca de 280 mil pontos de luz.